terça-feira, 17 de setembro de 2013




 Mestre Paulo Freire 
19 DE SETEMBRO DATA DO SEU ANIVERSÁRIO

 
“Eu sonho e luto por coisas ainda impossíveis, mas faço o que é possível porque acredito na impossibilidade do possível hoje.” 
  (Paulo Freire)




Motivos teríamos de sobra para celebrar a vida “daquele” que foi cidadão do mundo, sinônimo de vida, alegria, cidadania e dignidade. Manancial de lucidez e afetividade, mestre que mais aprendeu do que ensinou, homem que amava a sua inconclusão, que tinha esperança como “imperativo existencial e histórico.” Militante cotidiano da Educação que humaniza e liberta. Constante e eterno leitor da vida.
Paulo Freire nasceu em Recife e foi alfabetizado com gravetos à sombra das mangueiras. Foi professor de Língua Portuguesa no Colégio Oswaldo Cruz, onde estudou. Foi diretor do Departamento de Cultura do SESI durante muito tempo. Formou-se em direito, mas não exerceu a profissão, pois descobriu que queria mesmo era ser um educador comprometido com o povo. Casou-se com Elza e com ela teve 5 filhos. Em Angicos desenvolveu um método que possibilitou para 300 camponeses, em 45 dias se alfabetizarem. Por isso foi considerado “subversivo”, simplesmente porque propunha uma Alfabetização para a Conscientização. Foi preso e exilado. Longe do seu país, conseguiu espalhar suas concepções de educação pelo mundo.
Com a anistia, volta ao Brasil e reaprendendo o seu país, Paulo Freire torna-se professor da Pontifícia Universidade Católica- PUC e depois é convidado para assumir a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo no governo de Luíza Erundina. Escreveu vários livros: Pedagogia do Oprimido; Pedagogia da Esperança; Pedagogia da Indignação, dentre outros.
Para Paulo Freire, o Diálogo é a atividade pedagógica por excelência.
É desnecessário descrever detalhes de sua personalidade, pois não há professor que nunca ouviu falar de Paulo Freire. Um dos mais importantes educadores contemporâneos, conhecido e premiado em todo o mundo. Ele acreditava que era possível fazer educação neste país, resgatando o respeito e a dignidade de homens e mulheres. Vislumbrava e sonhava com a inserção dos mesmos na sociedade. Esse sonho para ele, não se desvinculava da realidade.
Paulo Freire era movido por dois sentimentos antagônicos: o amor e a indignação, emoções éticas que impulsionam ações éticas, como a de ser exilado de seu país por ter cometido o “crime” de plantar consciência e se preocupar com a superação do ANALFABETISMO, ajudando homens e mulheres a enxergarem não apenas as letras, mas, sobretudo a realidade.
Se estivesse vivo, com certeza estaria indignado em saber que trinta e cinco milhões de jovens e adultos ainda não fazem uso da palavra, não têm o domínio desse importante instrumento de inserção social. Estaria também indignado com a incoerência dos discursos, com a distância entre o que dizemos e fazemos, com a escola que não ensina crianças e adolescentes, com o texto fora do contexto e como pretexto o descaso com a educação.
Por isso, hoje elegemos, esse educador singular, como tema gerador do nosso reconhecimento pela luta em defesa de uma prática educativa democrática, humanizadora e crítica.
O Diário Oficial da União publicou dia 16.04.2012 a Lei que declara o Educador Paulo Freire Patrono da Educação Brasileira. O Projeto de Lei foi aprovado no início de março pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, em decisão terminativa, por unanimidade.
Parabéns! Paulo Freire! Esse é o presente que todos nós educadores e educadoras dedicamos a você a tarefa de “re-criá-lo” e torná-lo mais conhecido, reconhecido, respeitado e valorizado. 



 "O  sonho pelo  qual brigo exige que eu invente em mim a coragem de lutar ao lado da coragem de amar"... (Paulo Freire) 

* Texto de Tatiana Rocha Cruz – Pedagoga e técnico do Programa Brasil Alfabetizado- PBA/ SEDUC

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