terça-feira, 26 de novembro de 2013

TESTE COGNITIVO



O QUE É O TESTE COGNITIVO?

A Avaliação Cognitiva consiste em entender qual domínio da língua e da matemática o indivíduo possui depois de passar por um programa de alfabetização. Porém, para realmente compreendermos o diferencial gerado pelo programa, é necessário saber qual o nível de competências e habilidades prévias desse indivíduo. Portanto, foram estruturadas duas aplicações de instrumentos: uma antes e outra depois da passagem do jovem, adulto e idoso pela classe de alfabetização.
Para dar conta da elaboração da estratégia cognitiva para avaliar o Programa, o MEC firmou parceria com o Centro de Alfabetização, leitura e escrita (CEALE), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O CEALE ficou responsável pela coordenação pedagógica da avaliação em foco e mobilizou um conjunto de especialistas (matemática, língua portuguesa e estatísticos) em sistemas de avaliação da alfabetização. Para orientar o trabalho do grupo, foram pensadas as seguintes perguntas: i) o que os jovens, adultos e idosos já sabem sobre a leitura e a escrita e sobre matemática ao iniciarem as aulas nas classes de alfabetização; ii) o que ainda precisam aprender; e, iii) o que eles aprenderam ao final do curso (que dura de 6 a 8 meses), sendo que no Maranhão, optou-se por oito meses.
Para dar conta de responder às perguntas, foi construído um conjunto de instrumentos, englobando: matriz de competências e habilidades, questões a serem perguntadas (denominadas itens) que contemplassem esta matriz, gabaritos comentados e manuais de aplicação dos testes. A matriz proposta para o PBA não é uma matriz de ensino, a qual pressupõe um currículo, mas volta-se especificamente para a avaliação do Programa, logo, relaciona capacidades básicas. Ainda que não seja trivial definir quais seriam as capacidades a serem consideradas como básicas, foi necessária uma escolha, metodologicamente amparada, do que seria contemplado dentro do escopo do PBA, a fim de viabilizar a avaliação cognitiva. A preocupação maior era entender como uma ação que se pretende porta de entrada para um processo mais longo de aprendizagem contribui na apropriação por parte dos educandos do que seriam conhecimentos e habilidades que possibilitassem sua continuidade na escolarização.
Tomando a Matriz como referencial, foram elaborados inicialmente 96 itens (48 de leitura-escrita e 48 de matemática). Todos os itens foram pré-testados e organizados em blocos, com 6 itens em cada um deles, totalizando 16 blocos. Os blocos foram postos em cadernos de prova, onde cada caderno continha 4 blocos, totalizando 20 cadernos. Cada bloco se repete 5 vezes. Cada educando respondia a um caderno, ou seja, a 24 itens – sendo que os últimos 2 itens eram de fluência em leitura.
Os manuais orientavam a forma de aplicação e os gabaritos comentados davam o tom pedagógico da análise dos resultados. A aplicação dos cadernos de prova era realizada pelo Instituto Paulo Montenegro (IPM), em parceria com o IBOPE, o qual recebia o desenho da amostra inicialmente da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE/IBGE) e, posteriormente, da Universidade de Brasília (CESPE/UnB). Após a aplicação nas classes, o IPM/IBOPE tabulava os dados e enviava o material para o CEALE, que analisava tanto do ponto de vista da Teoria Clássica de Itens quanto da Teoria de Resposta ao Item (TRI), bem como pedagogicamente – comparando os resultados empíricos com o que dizem as teorias de alfabetização e letramento (“literacy”). O produto de todo este trabalho era apresentado ao MEC e debatido, antes mesmo de se completar os relatórios finais.
A SEDUC realiza oficinas sobre a aplicação dos Testes Cognitivos aos Alfabtizadores-Coordenadores de Turmas que multiplicarão  junto aos alfabetizadores dos municípios envolvidos no Programa.  



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